O Senador Mário Couto (PSDB-PA) é um entre os que se insurgiram contra o “vale cultura”. No discurso contra o governo disse que do modo que iam as coisas logo o governo daria a “bolsa-namorada”. Não acho que o governo de Lula tenha cogitado isso, mas, pensando bem, o Senador deu uma boa idéia.

Vários governos, no mundo todo, têm criado incentivos que à primeira vista parecem esquisitos, mas que logo se mostram úteis. Devido ao aumento populacional a China já fez uso de inúmeras maneiras de desmotivar os casais a terem filhos ou mesmo de aumentar a idade das uniões. Já chegou a dar rádio portátil e guarda-chuvas para homens que fizessem operações para não terem mais filhos. O Canadá, ao contrário, tem inventado várias estratégias para se conseguir o aumento populacional, até mesmo a idéia de importação de casais com propensão a terem filhos e ficarem no país. Há também o programa de incentivo para o namoro pela Internet, com vantagens para quem vier encontrar seu parceiro no Canadá e ali iniciar um relacionamento mais sério.

No Brasil, os problemas com os relacionamentos amorosos e sexuais, do ponto de vista político, são outros. Aqui, a gravidez precoce e a ampliação familiar desordenada têm causado dramas imensos na população mais pobre. Os efeitos disso tornam capengas nossas ações em favor do menor abandonado e a nossa preocupação com a moradia descente e outras necessidades. Isso sem falar nas mazelas derivadas, sendo a violência na periferia uma delas, a que mais salta aos olhos e infelicita a maior parte de nossas cidades. Ora, não a “bolsa-namorada” – um erro meio machista do senador –, mas, corretamente, a bolsa-namoro poderia ser um meio de colaborar para a solução de algumas de nossas mazelas.

Imagine uma bolsa-namoro que incluísse ajuda para os jovens poderem namorar e, em contrapartida, tivesse o aval destes no sentido de se integrarem em programas governamentais sérios capazes de prevenir a gravidez precoce e as DST, e que, além disso, fossem programas de aprendizado do planejamento familiar. De um lado, o governo daria o dinheiro para o namoro (teatro, cinema, passeio e motel), de outro lado, os jovens se comprometeriam em esquemas programáticos do tipo que citei, recebendo aí, também de modo gratuito, pílulas anticoncepcionais, camisinhas, etc. Esses programas, então, poderiam praticamente se constituir em verdadeiros centros de educação para a saúde pública da juventude. Com um apoio empresarial, esses centros se integrariam aos serviços desse tipo já existentes, feitos por ONGs e universidades. Ora, como tal serviço é prático e útil, e seria bem procurado pelos jovens, junto disso, como parte da contrapartida do jovem ao programa, o usuário que fosse analfabeto funcional teria de se inscrever em um curso de apoio para compreender o que lê e se integrar em um patamar profissionalizante condizente com o crescimento do país.

O namoro seria a porta de entrada para a compreensão do corpo, da saúde e um canal para a profissionalização. Quem deixa de namorar? Ninguém. Quem não se integraria em programas assim se a porta de entrada é o amor? Poucos.

Um programa assim elevaria o nível do assistencialismo do governo Lula, tornando-o quase um projeto político social-democrata – no melhor estilo. Pode-se dizer que, com algum empenho competente, um programa desse tipo chegaria, mesmo, a escapar do mero assistencialismo. Seria perfeitamente cabível de ser imitado pelo PSDB que, afinal, ainda mantém o nome de PSDB, ou seja, Partido da Social Democracia Brasileira. Por princípio, ao menos no nome, esse tipo de coisa deveria ser bem vista no partido, caso quisesse seguir sua carta programática inicial. Aliás, nem seria o caso do programa ter de ser visto como “imitado”, uma vez que a origem estaria na voz do Senador Couto. Seria um programa nascido de uma idéia do PSDB (depois que desse certo, eu juro que não contaria para ninguém que, no início, o senador Couto falou ironicamente). E quanto ao PT, esse seria um programa de aquecimento do mercado interno até mais poderoso que todos os já instituídos, garantido ainda mais a volta de Lula ao poder após o mandato que irá se iniciar em 2011 – não é isso, afinal, a única coisa que move Lula atualmente?

A bolsa-namoro deixaria todos contentes. Talvez um ou outro político, no programa da Ana Maria Braga, viesse reclamar. Mas, feito da maneira que expus acima, com as contrapartidas bem estabelecidas, qualquer reclamação, seria apenas coisa de ranheta. Seria coisa de “nhem-nhem-nhem”.

Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo.


Posição do grupo em relação a ideia acima.

'' Por decisão unânime ou seja por unanimidade, o grupo é sim a favor da ideia citada acima por vários motivos, entre eles o de que o problema maior do brasileiro hoje em dia é a questão da falta de informação por mais que isso seja abusivo para determinadas pessoas, para outras não, existem pessoas que não tem contato com nem um tipo de informação em relação ao sexo com segurança, como se prevenir de uma gravidez indesejável ou de uma DST, e isso ocorre principalmente nas periferias das grandes cidades, e por mais que essa ideia pareça besteira isso bem que serviria para conscientizar os jovens de como praticar sexo com segurança. Daí vem a pergunta mais o pais não tem outras prioridades? sim é claro que tem mais o crescimento populacional do pais é muito grande em relação aos recursos do governo, ou seja ao invés do pais procurar investir em estrutura física ele precisa investir na educação da população que não para de crescer, na maioria das vezes fruto da gravidez indesejável por falta de informação. E se o pais por um lado o pais não conseguir diminuir o crescimento populacional, cada vez mais ele vai ter que investir no cidadão, e não sobrara nada para investir na estrutura física do pais.


História do 8 de março.

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.


Marcos das Conquistas das Mulheres na História

1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres